Dados do IBGE mostram aumento de lares com apenas um morador em Sergipe e envelhecimento populacional. Veja os principais números do levantamento.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na última sexta-feira (22) dados atualizados da PNAD Contínua, que revelam mudanças no perfil das famílias sergipanas.
De acordo com a pesquisa, em 2024 18% dos domicílios de Sergipe eram unipessoais, ou seja, compostos por apenas uma pessoa. Esse índice coloca o estado como o terceiro do Nordeste com maior percentual desse tipo de arranjo domiciliar, atrás apenas da Bahia (19,9%) e Pernambuco (19,5%).
Transformação nos arranjos domiciliares
O formato nuclear ainda é predominante em Sergipe, representando 64,5% dos lares. Entretanto, houve queda em relação a 2012, quando o índice era de 70,5%.
Já os arranjos unipessoais cresceram significativamente, saindo de 10,9% em 2012 para 18% em 2024. O dado acompanha a tendência nacional de maior individualização e envelhecimento populacional.
A proporção de unidades estendidas manteve-se estável em 16,6%.
População mais envelhecida
A pesquisa evidencia a transformação demográfica no estado. Em 2012, os jovens com menos de 30 anos representavam 54,2% da população; em 2024, esse percentual caiu para 41,8%.
Já os idosos com 65 anos ou mais passaram de 6% para 9,7% da população sergipana.
Diferenças entre homens e mulheres
O estudo mostra que há 91,1 homens para cada 100 mulheres em Sergipe. A partir dos 30 anos, a população feminina supera a masculina em todas as faixas etárias. Entre os idosos, o desequilíbrio é ainda maior: são 72,7 homens para cada 100 mulheres.
Cor ou raça
A composição racial também mudou no período 2012-2024. A população branca caiu de 25,6% para 23,3%, enquanto os pardos reduziram de 66,4% para 63,6%. Em contrapartida, os pretos aumentaram de 7,8% para 12,6%.
Situação habitacional
O levantamento ainda aponta que Sergipe tem 60,7% de domicílios próprios já quitados, índice menor que em 2012 (73%). Em Aracaju, a queda foi de 62,9% para 51,2%.
Os imóveis alugados representam 24,9% em todo o estado e 37% na capital.
Quanto à estrutura, 88,8% dos domicílios contam com paredes de alvenaria/taipa com revestimento, e 74,5% utilizam telha sem laje de concreto como material de cobertura.
Reflexos sociais
Especialistas avaliam que o crescimento dos domicílios unipessoais em Sergipe reflete tanto mudanças culturais quanto o envelhecimento da população. Esse cenário reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para idosos e pessoas que vivem sozinhas.
Mais informações podem ser conferidas no portal oficial do IBGE.