No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Sergipe debate soluções para erradicar a exploração degradante de trabalhadores no III Fórum Estadual.
Nesta terça-feira, 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), participou do III Fórum de Combate ao Trabalho Escravo de Sergipe. O evento foi promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com o Instituto Social Ágatha, e teve como objetivo principal discutir soluções para erradicar essa prática criminosa que ainda persiste em algumas regiões do país.
Para sensibilizar a população sergipana sobre a gravidade desse problema, o MPT utilizou a arte como ferramenta de conscientização. O grupo teatral Mamulengo de Cheiroso apresentou uma peça que abordou a realidade do trabalho escravo contemporâneo de forma acessível e impactante. Segundo o procurador-chefe do MPT, Márcio Amazonas, o teatro de bonecos cumpre um papel educativo crucial, transmitindo uma mensagem poderosa de enfrentamento. A peça será apresentada também em locais públicos de Aracaju e São Cristóvão, ampliando o alcance da conscientização.
O Contexto do Trabalho Escravo em Sergipe
O procurador Márcio Amazonas ressaltou que Sergipe tem sido utilizado como entreposto para o trabalho análogo à escravidão. “Temos pessoas saindo daqui para outros estados, como Sul e Sudeste, e também recebemos maranhenses, piauienses e cearenses, que acabam sendo explorados em nossa região”, explicou. Além disso, o MPT recebe denúncias recorrentes de casos de trabalho escravo no estado.
A atuação conjunta entre o Governo de Sergipe e outras instituições tem sido essencial no combate a essa prática. O secretário Jorge Teles, gestor da Seteem, destacou a importância das parcerias e das ações voltadas para proteger os trabalhadores mais vulneráveis. “Nosso papel é garantir que o mínimo existencial seja respeitado para cada sergipano. É uma realidade difícil, mas o Fórum traz luz ao debate e à busca por soluções permanentes”, afirmou o secretário.
Ações Concretas e Parcerias no Combate ao Trabalho Escravo
Além da atuação da Seteem, o Fórum contou com a participação de representantes de diversas instituições, como o Ministério Público Estadual, Tribunal Regional do Trabalho e Ministério Público de Contas, que juntos discutiram as melhores práticas para erradicar o trabalho escravo contemporâneo.
O evento também foi uma oportunidade para promover a capacitação da rede de atendimento às vítimas desse crime. O projeto ‘Capacitação da Rede de Atendimento às Vítimas de Escravidão Contemporânea’, desenvolvido pela Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT, foi apresentado como uma ferramenta essencial para a prevenção do tráfico de pessoas e do recrutamento ilícito de trabalhadores.
A luta contra o trabalho escravo em Sergipe é uma prioridade para as autoridades locais, e ações como o III Fórum são fundamentais para dar visibilidade ao problema e estimular a mobilização da sociedade civil.
Para mais informações sobre as ações da Seteem, visite o site oficial da Seteem.
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